segunda-feira, 30 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Sermão para os hipocritas
"Meu próprio Deus, estranho seja vosso nome exceto como blasfêmia, pois sou vosso iconoclasta. Eu lanço vosso pão sobre as águas, pois estou satisfeito com carne. Oculto no labirinto do Alfabeto está meu nome sagrado, o SIGILO das coisas desconhecidas. Na Terra meu reino é a Eternidade do DESEJO. Meus anseios se encarnaram na crença e se tornaram carne, pois SOU A VERDADE VIVA. O Paraíso é meu êxtase; minha consciência muda e adquire associações. Talvez eu tenha a coragem necessária para rapinar em minha própria superabundância. Esquecerei a justiça. Livre de qualquer moral. Guiado à tentação de mim mesmo, pois sou um reino instável feito de bem e de mal. Talvez consiga o suficiente através disso com que me comprazo. Talvez minha obliteração seja suficiente. A morte de minha alma. Intoxicação pelo egoísmo. Ensina-me a manter esta liberdade; pois sou Inferno suficiente em mim. Pecarei contra as menores crenças. AMÉM."
(Anatema de Zos - Austin Osman Spare)
domingo, 5 de fevereiro de 2012
O Sabugueiro
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Iniciaçao na bruxaria
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Do LOUCO ao MUNDO
sábado, 29 de maio de 2010
Vaca Profana, Caetano Veloso... não que eu goste de Caetano, Mas a música é muito boa
Respeito muito minhas lágrimas; Mas ainda mais minha risada; Inscrevo, assim, minhas palavras; Na voz de uma mulher sagrada; Vaca profana, põe teus cornos; Pra fora e acima da manada ; Vaca profana, põe teus cornos; Pra fora e acima da man...
Ê, ê, ê, ê, ê, Dona das divinas tetas; Derrama o leite bom na minha cara; E o leite mau na cara dos caretas .
Segue a "movida Madrileña"; Também te mata Barcelona; Napoli, Pino, Pi, Paus, Punks; Picassos movem-se por Londres; Bahia, onipresentemente; Rio e belíssimo horizonte; Bahia, onipresentemente; Rio e belíssimo horiz...
Ê, ê, ê, ê, ê, Vaca de divinas tetas; La leche buena toda en mi garganta; La mala leche para los "puretas".
Quero que pinte um amor Bethânia; Stevie Wonder, andaluz; Como o que tive em Tel Aviv; Perto do mar, longe da cruz; Mas em composição cubista; Meu mundo Thelonius Monk`s blues; Mas em composição cubista; Meu mundo Thelonius Monk`s...
Ê, ê, ê, ê, ê, Vaca das divinas tetas; Teu bom só para o oco, minha falta; E o resto inunde as almas dos caretas.
Sou tímido e espalhafatoso; Torre traçada por Gaudi; São Paulo é como o mundo todo; No mundo, um grande amor perdi; Caretas de Paris e New York; Sem mágoas, estamos aí; Caretas de Paris e New York; Sem mágoas estamos a...
Ê, ê, ê, ê, ê, Dona das divinas tetas; Quero teu leite todo em minha alma; Nada de leite mau para os caretas.
Mas eu também sei ser careta; De perto, ninguém é normal; Às vezes, segue em linha reta; A vida, que é "meu bem, meu mal"; No mais, as "ramblas" do planeta; "Orchta de chufa, si us plau"; No mais, as "ramblas" do planeta; "Orchta de chufa, si us...
Ê, ê, ê, ê, ê, Deusa de assombrosas tetas; Gotas de leite bom na minha cara; Chuva do mesmo bom sobre os caretas... A imagem é Lakshimi no mar de leite
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Interrogaçoes sobre o que é a bruxaria brasileira....
Nem toda mistura é boa e dá certo, no Brasil tivemos a sorte da combinação de alguns elementos como as raças primevas na construção desse país, ao menos no que falamos na construção racial e cultural do Brasil.
Em todo o país formou-se uma culinária típica unindo o que tínhamos em cada região com o que o europeu trazia de informação e o que os negros nos acrescentaram em ingredientes, tais ingredientes foram acrescentados a uma mistura de crenças e de sabores e muita simpatia dos nossos indígenas, e que por conseqüências essas coisas enfeitam a mente de quem vive e de quem passa por aqui.
Ao falarmos de crenças retratamos a coisa dos três povos e suas definições de religiosidade, o Europeu que trouxe o romantismo e a fidelidade, o indígena que prega a utilidade e a reverencia, e o negro que veio com crença, força e poder. Todas as três com algo em comum a fé, e por que não acrescentar algo necessário o conhecimento, para que possamos sair do mar de escuridão que ainda permeia a mente desses três povos.
Definir uma pratica de bruxaria especifica para o Brasil ainda é complicado, pois é algo em formação, é uma cultura emergente no nosso país, e por que se apegar ao que é indústria cultural? E não tentar formar uma identidade. Não seria mais interessante escutar o coração das nossas terras? Por que “Celtificar” tanto nossa cultura. Já que os povos Celtas eram tão bárbaros e tão pagãos quanto nossos "selvagens bugres", nossos índios.
Vamos ouvir o que o cerrado nos fala, vamos ver o quão bela é nossa caatinga, e o que ela pode nos ensinar, observar que podemos saber quando vai chover e quando fará sol, não era isso que os antigos povos faziam? Tentar descobrir por que matas tão fechadas ainda existem em nosso país, e não falo de nacionalismo, nem faço apologia a Amazônia, só digo que seria interessante que pudéssemos para pra ouvir o que os espíritos dos nossos ancestrais tem pra nos dizer, mesmo que eles nunca tenham sido brux@s, precisamos acreditar no que falou Lelland, e Gardner, e ainda mesmo Cunningham, mas também vamos ver o que Katxruréu tem pra nos dizer, celebrar Mani em sua Abundância, ou menos tentar enxergar que culto misterioso é esse que só mulheres participam e por que elas são conhecidas como "as terríveis", ou mesmo "As senhoras pássaro da noite" ou ainda Iyami Osorongá, mais ainda assim não deixemos de ouvir o canto da Dama da roda de prata, Nem daquela que caça nos prados e é conhecida como a rainha das bruxas na Itália, acredito que também andou por nossas pastagens, que caminhou em meio a pequizeiros e pés de açaí, pôde beber o vinho do jatobá ou do jenipapo para celebrar.
O que digo, pode parecer uma visão vulgarizada de uma mãe tão colocada num pedestal de Beltane, e não evoco um nacionalismo quando digo essas palavras só quero que observem que estamos nos guiando por caminhos já feitos, já trilhados, por que não embasar o nosso caminho e tentar descobrir uma identidade para as nossas práticas, por que não podemos enxergar nossas duas únicas estações e estar satisfeitos com ela, a da chuva ou da seca, ou o frio e o calor, ou mesmo da enchente ou vazante, por que não observar que podemos plantar no dia de São José e colher em meados do dia de Santo Antonio.
Enxerguemos o que cada povo nos fala, e vamos criar famílias que passam a bruxaria de pais para filhos, de forma discreta, não acredito que todos ainda estejam preparados pra ouvir você dizer eu sou bruxo, sejamos coerentes para que possamos defender nosso propósito e não tentar fazer todo mundo engolir e empurrar pra "descer goela abaixo" acho que temos o que falar, mas a doçura e a lucidez são as melhores armas para fazer com que alguém nos leve a sério e venha a acreditar que somos sérios.
Façamos nossas próprias identidades e em breve seremos “os Silva”, ou “Santos”, ou mesmo os componentes do clã "de Jesus" que serão conhecidos como as famílias brasileiras que possuem uma visão sobre a bruxaria, possuem tradições de inestimável valor para o culto dessa arte.